.png)
"A cannabis é um fitoterápico", afirma Marcelo Galvão, CEO da Tegra Pharma, durante uma entrevista recente. Ele aborda a questão sobre se a cannabis pode ser considerada como um produto farmacêutico ou um suplemento alimentar, enfatizando que ela pode se enquadrar em ambas as classificações.
A atuação da natureza na produção da cannabis
Galvão destaca que os produtos derivados da cannabis não são produzidos em laboratórios como medicamentos sintéticos, onde pequenas variações podem afetar toda a composição do produto. Ele enfatiza que a natureza é a responsável pela produção da cannabis e o faz com extrema precisão, antes de abordar o conceito de "rotulação" da substância.
O menor risco em relação a outras substâncias manipuladas
Em relação às diferentes classificações adotadas em diversos países, como suplemento alimentar nos EUA ou fitoterápico em outros lugares, Galvão ressalta que tais rótulos são desnecessários. Ele destaca que a cannabis não possui os riscos associados a outras substâncias que são manipuladas pela indústria farmacêutica. Além disso, ele reforça que não é necessário ter uma qualificação específica para utilizar a cannabis como fitoterápico.
A regulação brasileira como referência mundial
No Brasil, a Anvisa estabeleceu regulamentações rigorosas, como a RDC 327 e RDC 660, tornando o país um exemplo na regulação de produtos medicinais à base de cannabis. Galvão comenta que, sem essa regulação, o Brasil estaria em desvantagem no cenário internacional.
A importância da análise dos compostos presentes na cannabis
Segundo Galvão, é essencial conhecer a quantidade de cada composto presente na cannabis utilizada como fitoterápico. Ele destaca a importância de obter um certificado de análise que indique a quantidade de THC, CBD, terpenos e outros componentes presentes no produto, para garantir a segurança e a qualidade do consumo.
